Agosto é mês vocacional

A Igreja convoca todo ano um mês especial para intensificar as orações e ações em favor das vocações. O mês de agosto foi instituído na Igreja, como mês vocacional, na Assembléia Geral dos Bispos, no ano de 1981, com objetivos bem definidos. Esse mês deve ser assumido por toda a Igreja, nas suas mais diversas instâncias, ou seja, por todas as pessoas, dioceses, paróquias, comunidades, grupos, pastorais, movimentos, como um verdadeiro “mutirão em prol das vocações”. Tem uma operacionalidade bem definida, tendo presente as seguintes comemorações:
1º domingo: Motivado pela festa de São João Maria Vianney, o Cura d'Ars, patrono dos padres, no dia 04 de agosto e a de São Lourenço, diácono, no dia 10, no primeiro domingo celebramos a Vocação ao Ministério Ordenado, ou seja, as vocações presbiteriais e diaconais.
2º domingo: Motivado pelo dia dos pais, celebramos a vocação familiar, o chamado a ser pai, ser mãe, o chamado a gerar a vida humana. Na segunda semana se celebra a Semana da Família.
3º domingo: Motivado pela festa da Assunção de Nossa Senhora, no terceiro domingo celebramos o dia da vocação à vida consagrada que são as vocações religiosas, missionárias, como também a vocação de pessoas consagradas nos Institutos Seculares, recordando os vários chamados de Deus neste sentido, sejam para a vida contemplativa nos mosteiros, seja para vida ativa nas várias frentes pastorais e evangelizadoras da Igreja.
4º domingo: No quarto domingo, quando há só 4 domingos no mês, é o dia dos catequistas, os pedagogos da fé, destacando a relação da vocação com a missão de anunciar  a Palavra de Deus. Quando há 5 domingos no mês, o quarto domingo é o dia dos ministérios leigos, destacando a disponibilidade para o serviço na comunidade e o papel do leigo no mundo. Daí o dia do catequista passa para o 5º domingo, pois foi estabelecido ser celebrado sempre o último domingo do mês de agosto.

João Maria Batista Vianney, era de origem pobre e humilde, foi o quarto filho de Mateus e Maria Vianney. Nasceu pouco antes de irromper a Revolução Francesa em 08 de Maio de 1786 em uma pequena aldeia, Dardilly, que fica perto de Limonest, a dez quilômetros ao norte de Lyon, na França. Foi batizado no mesmo dia em que nasceu. No batismo recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à Maria Santíssima. Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à oração e um grande amor ao recolhimento. Muitas vezes era encontrado num canto da casa, jardim ou no estábulo, rezando, de joelhos, as orações que lhe tinham ensinado: o Padre-Nosso, a Ave-Maria, etc. Os pais, principalmente a piedosa mãe, Maria, cultivavam no filho esse espírito de religião e de piedade, que o levou a crescer na fé e ser devoto de Maria Santíssima. Durante os anos da Revolução Francesa, quando a igreja da vila foi fechada pela perseguição religiosa, ele continuava a rezar. Para fazer isso, ele aproveitava algum tempo de seu trabalho, de cuidar de animais junto com seus irmãos, para rezar. Ele continuava a rezar, no final do dia, as orações habituais em casa com seus pais. Ele gostava de ajudar os pais nas caridades que eles faziam, ajudando os necessitados. Quando jovem, caiu doente e passou quatorze meses nos hospitais de Lyon e de Roanne e não pode entrar para o serviço militar durante o império napoleônico, teve que viver escondido, exposto a graves perigos. A Igreja, que pela lógica humana receara fazê-lo sacerdote, curvou-se à sua santidade. João Maria Vianney foi proclamado Venerável pelo papa Pio IX em 1872, beatificado pelo papa São Pio X em 1905, canonizado pelo papa Pio XI em 1925 e pelo mesmo foi declarado padroeiro de todos os párocos do mundo, em 1929. Esse é o Santo Cura d'Ars, cuja memória, celebramos no dia 4 de agosto.
Eder Muller

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