Os Dogmas são “luzes
no caminho da nossa fé, que o iluminam e tornam seguro” (Catecismo da
Igreja Católica nº 88). São definidos pelo Magistério da Igreja, em
determinados contextos históricos em que há dúvidas e sombras na interpretação
de dados importantes da fé cristã. Não se trata de algo estático, pois é
preciso aprofundá-los, reinterpreta-los em cada novo contexto, na fidelidade ao
Espírito que anima a Igreja. São proclamados em vista de uma resposta de fé
mais plena ao dom da salvação em Cristo. São quatro os Dogmas marianos:
Maternidade divina, Virgindade de Maria, Imaculada Conceição de Maria e
Assunção de Maria, a qual iremos conhecer neste artigo.
A tradição da Igreja,
os santos Padres e o Povo de Deus sempre acreditaram que Maria, criatura isenta
de todo pecado, intimamente associada ao plano da redenção, como mãe do Filho
de Deus, viveu na fidelidade ao amor e que seu corpo ressuscitado foi assumido
em Deus, antecipando a ressurreição dos cristãos. O Catecismo da Igreja
Católica, nº 966, afirma “A Imaculada
Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminando o curso
da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”.
A definição dogmática se deu em 01 de Novembro do ano de 1950,
feita pelo Papa Pio XII, que logo após sua eleição manifestou como um dos seus
objetivos mais importantes, definir o dogma da Assunção de Maria, assim, com a
constituição Apostólica Munificentissimus Deus (“ Deus muito generoso”), o
Santo Padre definiu Ex Cathedra, o dogma da “Assunção da Virgem Maria aos céus, em corpo e
alma.” Não há relato bíblico sobre a morte de Maria, não há restos mortais
seus. Porém, desde o século IV, no Oriente, celebra-se a festa da “dormição” de Maria. No Concilio
Vaticano I (1869-1871), houve um pedido
para que fosse definido o dogma, e em seguida, muitas manifestações populares,
com abaixo –assinado e petições, foram feitas ao Papa. Assumida por Deus na
eternidade, o corpo ressuscitado de Maria está em Deus assim como um dia
estaremos todos os que ainda peregrinamos. A Solenidade da Assunção de Maria, celebrada
no dia 15 de agosto no Brasil, ou no
domingo após o dia 15, quando este não cair em domingo, enche-nos de esperança
ativa. Faz-nos seguir as pegadas de Jesus na construção de um mundo justo e
feliz, aqui e agora, para gozar depois, um dia, o reino definitivo de que Maria
já participa de onde intercede por nós.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
Fonte : Revista Ecoando Ano XI Nº 43
Por Isabel Ponte Pegoraro
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