A importantíssima Constituição Dogmática do Concílio Vaticano
II “Dei Verbum” (Palavra de Deus),
que explica como Deus de revelou a nós pela Bíblia e pela Tradição Apostólica
(Bíblia não escrita), diz o
seguinte: “ O ofício de interpretar
autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida (Tradição) foi confiado
unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de
Jesus Cristo. Fica, portanto, claro que, segundo o sapientíssimo plano divino,
a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal
maneira entrelaçados e unidos que um perde sua consistência sem os outros e
que, juntos, cada qual a seu modo, sob a
ação do Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas” (DV 10).
A Revelação
Deus quis, “em sua
bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo”, (DV 2) e diz também que Ele, “levado por seu grande amor, fala aos homens
como amigos”. Diz também que a revelação “se concretiza através dos acontecimentos e
palavras”.
Podemos resumir assim a revelação:
Princípio: Deus; Motivo: bondade
e sabedoria; Centro: se revela em
Cristo; Modo: por acontecimentos e
palavras; Destinatários: Às pessoas
e comunidades.
Jesus Cristo é para os cristãos a plenitude da revelação. Não há revelação
mais perfeita, melhor, do que a sua pessoa e a sua palavra. Só o Espírito nos
permite perceber o significado dessa revelação. É importante perceber como é
definitiva a revelação feita em Jesus. Por isso a Dei Verbum adverte: “...já não há que se esperar nenhuma nova
revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
( DV 4). Ou seja: algo mais só na
glória celeste.
As coisas divinamente reveladas, que se encerram por escritos
e se manifestam na Sagrada Escritura, foram consignadas sob a inspiração do
Espírito Santo. Pois a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem por
sagrados e canônicos os livros completos tanto no Antigo como do novo
Testamento, com todas as suas partes, porque escritos sob a inspiração do
Espírito Santo (cf. Jo 20,31; 2Tm3,16), eles tem Deus como autor e nesta sua
qualidade foram confiados à mesma Igreja. Assim, pois, que pela leitura e o
estudo dos Livros Sagrados “seja difundida e glorificada a palavra de Deus” (2
Tm 3,1), e que o tesouro da Revelação confiado à Igreja cada vez mais encha os
corações dos homens. Assim como a vida da Igreja se desenvolve pela assídua participação
no mistério eucarístico, assim é lícito esperar um novo impulso de vida
espiritual de uma acrescida veneração pela Palavra de Deus, que permanece para sempre (Is 40,8; cf .
1Pd 1,23-25).
Fonte : Constituição Dogmática “Dei Verbum”.
Isabel Ponte Pegoraro
PASCOM
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