NATAL - A encarnação do Verbo Divino

“E a Palavra se fez homem e habitou entre nós.” (Jo 1,14)

O Mistério da Encarnação de Deus em nossa humanidade revela o imenso amor do Pai por todos os seres humanos. Deus se humilha a tal ponto de se fazer um de nós, membro da humanidade fragilizada pela dor e pela morte. Ele se fez gente como a gente!
Este imenso Mistério do amor de Deus ainda não foi compreendido, pois a grande mensagem da Encarnação é a revelação de que todo ser humano é filho/a de Deus, por isso somos todos irmãos, somos iguais, temos os mesmos direitos e a mesma herança.
Jesus de Nazaré, o Deus encarnado na história, veio do Pai e se fez um de nós, semelhante a nós em tudo, menos no pecado. E, mostrou-nos o caminho a trilhar. Ele é o Caminho que nos leva ao Pai. E em sua vida, morte e ressurreição, Jesus revela-nos que só chegaremos ao Pai, ao Reino de Deus, se amarmos de verdade o próximo, fazendo-nos próximos daqueles que estão caídos e jogados à margem do caminho da vida, da história e dos interesses econômicos.  
A encarnação de Deus em Jesus é a realização plena do projeto de salvação do Pai para toda a humanidade, pois o ser humano é criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26). Ele criou-nos para vivermos em comunidade, a exemplo da Trindade Santa, no amor e na unidade, respeitando e valorizando a diversidade e não usando isso para nos afastar e nos separar uns dos outros.
O Mistério da Encarnação do Verbo está intimamente ligado ao Mistério da Revelação de Deus, a Santíssima Trindade. Deus, sendo Comunidade perfeita no amor e na unidade, quer que a humanidade descubra em Jesus o caminho da perfeição no amor. Daí o mandamento novo: “Amai-vos como eu vos amei”.
O amor de Deus manifestado em Jesus, a Palavra encarnada, revela-se na doação total, na valorização da dignidade de cada ser humano, independente do sexo, cor, raça, credo etc. Somos diferentes, mas não inimigos! Somos filhos e filhas do mesmo Pai na diversidade das culturas, credos e vivências. 
Viver o Mistério da Encarnação de Jesus, o Verbo do Pai, é acolher cada ser humano no amor, na gratuidade e generosidade que brotam do coração do Pai misericordioso (cf. Lc 15, 20s). Aceitar essa humilhação de Deus, é viver a humildade, a humanidade, o “húmus” do qual somos feitos. Sendo humanos, como Jesus foi, é que seremos divinos à semelhança do Pai. E, verdadeiramente irmãos uns dos outros e do Filho único, o Verbo encarnado. Quanto mais próximos das pessoas, mais perto do Deus de Jesus.
Que este Advento nos faça voltar à terra, à encarnação, à vida como ela é! Pois foi aí que Jesus assumiu a missão de anunciar com a vida o Reino do Pai. 
Vem, Senhor Jesus! Amém.

Por: Padre Carlos A. Rocha

Como viver bem o tempo do Natal...

Ei, você, aonde vai com tanta pressa?
Eu sei que você tem pouco tempo...
Mas, será que poderia me dar uns minutos da sua atenção?
Percebo que há muita gente nas ruas, correndo como você.
Para onde vão todos?
Os shoppings estão lotados...
Crianças são arrastadas por pais apressados, em meio ao torvelinho...
Há uma correria generalizada...
Alimentos e bebidas são armazenados...
E os presentes, então? São tantos a providenciar...
Entendo que você tenha pouco tempo.
Mas, qual é o motivo dessa correria?
Percebo, também, luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, árvores...
Mas, confesso que vejo pouco brilho nos olhares...
Poucos sorrisos afáveis, pouca paciência para uma conversa fraternal...
É bonito ver luzes, cores, fartura...
Mas seria tão belo ver sorrisos francos...
Apertos de mãos demorados... Abraços de ternura...
Mais gratidão... Mais carinho... Mais compaixão...
Talvez você nunca tenha notado que há pessoas que oferecem presentes por mero interesse...
Que há abraços frios e calculistas...
Que familiares se odeiam, sem a mínima disposição para a reconciliação.
Mas, porque você me emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar novamente: Para que tanta correria?
Em meio à agitação, sentado no meio-fio, um mendigo, ébrio, grita bem alto: Viva Jesus. Feliz Natal!
E os sóbrios comentam: É louco!
E a cidade se prepara... Será Natal.
Mas, para você que ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer:
O Natal não é apenas uma data festiva, é um modo de viver.
O Natal é a expressão da caridade...
E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai-e-vem constante...
Natal é fraternidade...
E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite sem luar, uma criança sem sorriso, uma estrela sem luz.
Mas o Natal também é união...
E a vida sem união é como um barco furado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim.
E, finalmente, o Natal é pura expressão de amor...
E a vida sem amor é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo.
Viver sem a paz é como navegar sem bússola em noite escura... É desconhecer os caminhos que enaltecem a alma e dão sentido à vida.
Enfim, a vida sem amor... Bem, a vida sem amor é mera ilusão.
Que este Natal seja, para você, mais que festas e troca de presentes...
Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre.

TEMPO DE NATAL, Um tempo novo!

Chegamos a dezembro! É preciso abrir o coração para viver um tempo novo apresentado por Deus.  Tempo de graça, tempo oportuno, tudo o que ficou para trás, precisa ser deixado no coração de Deus.
Durante esse “tempo de Natal,” Deus nos traz coisas novas. Podemos perceber isso nas novenas de natal, na liturgia, na preparação para as festas, nos enfeites natalinos, nos presentes comprados e naqueles oferecidos através das “sacolinhas” de natal, no gesto concreto do encerramento das novenas favorecendo os irmãos mais necessitados, nos presépios e na manjedoura vazia à espera do menino Deus. A partir destes e de outros sinais, Deus vai nos apontando realidades novas e, vai nos conduzindo por rumos aos quais antes não podíamos imaginar. “Isto é obra de Deus: admirável aos nossos olhos.”
Um coração que, nesse tempo, se abre inteiramente para receber e adorar a Deus, que se manifesta a nós sob a forma de um frágil menino, não perde a capacidade de se maravilhar diante desta obra de restauração que Ele realiza em nossas vidas, em nossa história. Não temos mais como parar. Não temos mais como envelhecer. Somos e seremos sempre novos quando nos abandonamos nas mãos de Deus.
Esse tempo especial, que chamamos tempo de Natal, nos convida não apenas a voltar nosso olhar para o passado e celebrar o aniversário do nascimento do Salvador, mas também nos convida a olhar o futuro: a segunda vinda de Cristo.
Ele veio uma 1ª vez humilde, nascido em uma gruta em Belém, para iniciar a obra da salvação. Virá uma 2ª vez, na glória, para concluir sua obra iniciada.
Por isso que esse é um tempo de preparação para o nosso encontro definitivo com Cristo. Encontro que deve ser não temido, mas, aguardado ansiosamente. Encontro da Noiva com o Esposo, com o Amado. Vale lembrar a letra daquela bela melodia que diz: “Vigia esperando a aurora, qual noiva esperando o amor. É assim que o céu espera. A vinda do seu Senhor!” 
 O Céu espera a vinda do seu Senhor. E nós, cristãos de hoje, o que fazemos neste tempo de natal em que esperamos a vinda do Salvador? Somos gratos pela vida que é um dom que Ele nos deu? O que fazemos com esses dons?
Muito se alegrará o Senhor se durante este tempo nos colocarmos à serviço dos irmãos (ãs), fazendo com que também eles recebam de presente do menino Jesus, vida nova e esperança. Cabe a nós propagar a Alegria do Evangelho a todos que encontrarmos nesta caminhada rumo ao Natal do Senhor. Natal é o dia da graça, dia de cantar as maravilhas do Senhor, pois Nasceu para nós Jesus, o nosso Salvador!   
Feliz Natal!

Por: Isabel Pegoraro

Reflexão - A fábula das Três Árvores

Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.  A primeira, olhando as estrelas, disse: "Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada."
A segunda olhou para o riacho e suspirou: " Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.  "A terceira árvore olhou o vale e disse: " quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.  "Muitos anos se passaram e certo dia vieram três lenhadores pouco ecológicos e cortaram as três árvores, todas ansiosas em serem transformadas naquilo com que sonhavam.  Mas, lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!... Que pena! A Primeira árvore acabou sendo transformada num cocho de animais, coberto de feno.  A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.  E a terceira, mesmo sonhado em ficar no alto da montanha, acabou cortada em altas vigas e colocada de lado em um depósito.  E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: "Para que isso?" 
Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném recém-nascido naquele cocho de animais.
E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo...
A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem se levantou e disse: "Paz"! E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra.   Tempos mais tarde, numa Sexta-Feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de Cruz e um homem foi pregado nela. Logo sentiu-se horrível e cruel.  Mas, logo no Domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu Filho Jesus Cristo ao olharem para ela. 

DIZIMO

Devolver o Dízimo é um ato de Fé e de Amor para com Deus e para com nossos irmãos necessitados.
Eu não sabia o significado da palavra Dízimo em minha vida, pois ainda não havia a Pastoral do Dízimo em nossa comunidade. Foi então que surgiu um grupo de pessoas que, juntamente com o Padre, decidiram formar esta Pastoral enquanto ainda éramos comunidade. Fui convidada a fazer parte dela, onde atuo até hoje, tornando-me também uma dizimista. Em 2007 passei a ser a coordenadora dessa Pastoral.
Como dizimista eu recebi muitas graças de Deus e de São Judas Tadeu, já como coordenadora eu aprendi a ser uma pessoa mais comprometida com a Comunidade. Muita coisa mudou em minha vida desde então, passei a participar mais assiduamente das formações litúrgicas e das reuniões, onde aprendi a evangelizar as pessoas. Hoje a nossa comunidade se tornou Paróquia e tem como Pároco o Padre Daniel Roberto da Silva, que está sempre ao nosso lado, caminhando conosco, nos orientando e ensinando. É muito gratificante trabalhar nesta Pastoral, em comunhão com Deus e com nossa Mãe Maria que também caminha conosco. Eu louvo e agradeço a Deus por fazer parte dessa Paróquia. Agradeço imensamente por todos os(as) dizimistas que deram e continuam dando a Deus uma parte do fruto de seus trabalhos.
Durante todo o ano de 2014, contamos com a sua contribuição, caro dizimista, e esperamos estar juntos novamente em 2015.  Aguardaremos também por você, querido Paroquiano, que ainda não é dizimista, para juntos construirmos uma comunidade mais fraterna.
Um feliz Natal e um Próspero Ano Novo cheio de calor humano e generosidade. Deus os abençoe.
São Judas Tadeu, rogai por nós.

Por: Clarice D.M. Ribeiro Silvino