Palavra do Padre Daniel para o mês de Junho

Caríssimos e caríssimas de Deus, um ótimo mês de junho a todos! Estamos entrando nas festas juninas deste mês, o qual traz consigo várias comemorações importantes da nossa vivência litúrgica da nossa Igreja. Nas festas juninas três Santos ficam em evidência: Santo Antonio de Pádua; São João Batista e São Pedro. Não desmerecendo nossos outros Santos, mas estes se tornaram pela tradição popular brasileira os principais deste mês. Contudo, a Igreja Católica Apostólica Romana possui dentro deste mês de junho solenidades que valem a pena nos aprofundarmos no mistério de cada celebração para refletimos e vivenciarmos eles em nossa vida cotidiana. No dia primeiro deste mês temos a Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois dia 8 de junho a solenidade de Pentecostes, onde temos a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Maria em Jerusalém. No próximo final de semana, dia 15 de junho, temos a solenidade da Santíssima Trindade, festa da qual aprofundamos o mistério de Deus ser Comunidade de Amor. Também dia 29 de junho teremos solenidade de São Pedro e São Paulo, considerados como colunas da nossa Igreja, pois souberam proclamar a Boa Nova de Cristo pelo mundo e foram grandes testemunhas do Ressuscitado. Além destas solenidades citadas teremos vários Santos que comemoramos ou fazemos memória de seu dia recordando o quanto foram importantes para nossa Igreja, pois viveram a fé em Cristo e souberam imitar seus passos. Contemplando estas festas possamos também nós nos santificarmos para Cristo, sendo Igreja que vive o amor fraterno em todo percurso de nossas vidas. Fiquem com Deus e um abraço a todos os nossos leitores e benfeitores. São Judas Tadeu, rogai por nós. Amém. 

Celebrando Pentecostes

Soprou sobre eles e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,19-23) 
O que é a Festa de Pentecostes?  
Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa.
Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja.
A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.
A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido.
Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).
No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos no Cenáculo. De acordo com o relato, ouviu-se um ruído, “como se soprasse um vento impetuoso”. “Línguas de fogo” pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.
Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos
O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.
Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.
O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo.
Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo.
Já não se pode separar o mistério da Ressurreição do mistério de Pentecostes. É através do Espírito Santo que cada cristão participa da Ressurreição. Essa missão do Espírito Santo faz com que a Ressurreição na vida da Igreja seja o princípio de esperança por excelência na busca de um mundo mais de acordo com o que Jesus Cristo pregou. 
Desde o princípio , os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo ( At 1,2); e, na Igreja, o Mestre interior conduz ao conhecimento da verdade total, formando discípulos e missionários. Essa é a razão pela qual os seguidores de Jesus ( inclusive nós , hoje) devem-se deixar guiar constantemente pelo Espírito(Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: Anunciar a Boa Nova aos pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar a todos o ano da graça do Senhor ( Lc 4,18-19)

Isabel Ponte Pegoraro

Corpus Christi

Corpus Christi significa Corpo de Cristo. È uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. A festa de Corpus Christi acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.
A festa do Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de Setembro de 1264.
Corpus Christi é feriado nacional no Brasil desde 1961. São celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou pelo pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhado por multidões de fiéis em cada cidade brasileira. Para nós em nossa comunidade, é muito importante como fieis em Cristo,  participamos nesta data muito importante de nossa Igreja.

Eder Muller

Testemunho de vida

Meu nome é Daiany Patrícia Fioramonte de Padua, tive meu primeiro encontro pessoal com Jesus em 2002 através do Grupo de Oração Sagrado Coração de Jesus na Comunidade São Sebastião. Participei por algum tempo e parei de freqüentar, pois fui estudar a noite e trabalhar durante o dia, e com o passar do tempo fui me afastando cada vez mais da Igreja e da vida religiosa.  Há um ano atrás, fui convidada a ser madrinha da minha sobrinha Lorena, mas estava completamente afastada da Igreja e era convidada constantemente a ir a outras religiões, sentia até vontade, mas sempre pensava em  Nossa Senhora e isso gerava uma dúvida em ir para as outras Igrejas.  Aceitei com muito amor em batizar minha sobrinha, fomos fazer o cursinho de batismo e lá foi falado sobre sermos exemplos na vida dos nossos afilhados e principalmente na vida religiosa deles e fiquei com isso na minha cabeça. No dia do batizado da minha afilhada meu marido me falou: Será que somos realmente exemplos para sermos padrinhos?  Naquela noite tomei uma decisão, a melhor decisão da minha vida, voltar para Jesus, voltar par a casa do Pai, a Igreja.  Na mesma semana fui para o grupo de oração depois de 8 anos, procurei o padre para me confessar e conversar, voltei para a Santa Eucaristia que fazia 5 anos que não recebia por ter me afastado da Igreja. Estou firme com Jesus, é onde encontro forças para caminhar, junto de Jesus.  Ele vem realizando maravilhas em minha vida através do Grupo de Oração e da Santa Missa.  Existia uma magoa muito grande em meu coração, da pessoa que assassinou meu pai, assunto que não gostava de falar com as pessoas, pois dentro de mim havia muito ódio dessa pessoa. No ano passado participei de um retiro de cura e libertação e lá teve um momento muito profundo de oração para aqueles que já tinham perdido os seus pais. Participei desse momento e tomei a decisão de perdoar essa pessoa. Procurei novamente o padre para uma nova confissão e para compartilhar toda a minha vida com ele, e com muita oração, muito joelho no chão, horas e horas em frente ao Santíssimo, Jesus me curou e me libertou de todo esse sentimento ruim.  Hoje posso dizer que eu sei o que é felicidade, pois nada nesse mundo se compara com a alegria que vem do céu, hoje eu tenho Jesus como meu amigo, ele está comigo em todos os momentos e ele tem abençoado muito a minha vida e minha família.
João 8;32: “Conhecereis a verdade e a verdade os livrará.”
A verdade é Jesus, o caminho é Jesus. Deus abençoe a todos nós!

Santíssima Trindade - Comunidade de Amor

Para falar sobre a Santíssima Trindade não é fácil, pois ela em si é um mistério, do qual sabemos até aonde a revelação de Deus nos permite refletir e contemplar. É impossível esgotar a reflexão sobre a mesma, da qual parte de que Deus é Uno e Trino, ou seja, Deus é Pai, Filho e Espírito Santo (Trindade Santa). Porém, não é fácil com o nosso intelecto pensar em algo que esta dentro da própria essência de Deus, por isso, só compreendemos à medida que Ele nos permite contemplar em seu mistério. Partindo desta constatação, temos documentado que ao longo da existência da Igreja nossos Santos Padres e doutores da Igreja refletiram sobre a Santíssima Trindade e nos dão alguns fios de luz para pensarmos em tão grande mistério. Uma ferramenta que nos permite refletir sobre o tema é o Catecismo da Igreja Católica, o qual precisava ser mais usado por nós. Nisso, neste documento no parágrafo 202, sobre a Santíssima Trindade, nos diz assim: "O próprio Jesus confirma que Deus é «o único Senhor», e que é necessário amá-Lo «com todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com todas as forças». Ao mesmo tempo, dá a entender que Ele próprio é «o Senhor». Confessar que «Jesus é o Senhor» é próprio da fé cristã. Isso não vai contra a fé num Deus Único. Do mesmo modo, crer no Espírito Santo, «que é Senhor e dá a Vida», não introduz qualquer espécie de divisão no Deus único: «Nós acreditamos com firmeza e afirmamos simplesmente que há um só Deus verdadeiro, imenso e imutável, incompreensível, todo-poderoso e inefável. Pai e Filho e Espírito Santo: Três Pessoas, mas uma só Essência, uma só Substância ou Natureza absolutamente simples»". Aprendemos desde pequenos que Deus é Pai e Filho e Espírito Santo (Três Pessoas), mas uma mesma Substância, uma mesma essência. Algo que os teólogos e os que estudam sobre a Trindade refletem sobre isto é que podemos perceber que esta na essência de Deus uma união de Amor, ou seja, Deus é em primeira instância Comunidade de Amor. Esta na essência de Deus ser Comunidade, por isso, Ele procura também fazer de nós um só Corpo como comunidade viva de Amor. Outro ponto que poderíamos pensar sobre a Trindade é a divindade do Filho: Jesus Cristo. Como Ele pode ser Deus se Ele é Filho e nasceu de uma mulher? Desta questão nasceram muitas heresias dos primeiros tempos às quais foram desbancadas uma por uma. Nesta questão do Filho podemos fazer a seguinte reflexão: Jesus Cristo não é criatura, pois Ele no ventre de Maria não foi criado, mas gerado, conforme nos ensina o credo niceno-constantinopolitano. Jesus Cristo não é criatura, pois é da mesma essência, substância que o Pai. O mesmo acontece com o Espírito Santo. Hoje temos teólogos que se debruçam sobre esta reflexão e têm muito a nos dizer. Temos que nos aprofundar no assunto, o qual nos permite contemplar o olhar de Deus em nós hoje. Uma questão que poderíamos procurar responder é: O que o mistério da Santíssima Trindade tem a dizer na minha vida hoje? E como posso vivenciá-lo no meu dia-a-dia?

Padre Daniel

Dia Mundial das Comunicações Sociais

Em mensagem pelo 48º dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco pede que usemos das mídias disponíveis (tv, rádio, jornais, e especialmente a internet) para irmos ao encontro do próximo. Às vezes usamos destes meios para nos isolarmos, inclusive dos familiares que estão tão próximos. Esses meios são dons de Deus e podemos e devemos utilizá-lo para promover o ser humano e ir de encontro as suas necessidades, além disso todos devem ter acesso independente da sua condição de vida. Ir de encontro implica em ouvir novas culturas e idéias, se interessar pelo outro e jamais nos agredir nesses meios. Quando existe uma indução ao consumismo ou a manipulação de pessoas já é sinal de agressão e violência.  Pelo ambiente digital podemos levar a mensagem de Jesus até os confins do mundo, por isso a Igreja precisa se abrir para essa tecnologia e ir ao encontro de todos, não pelo bombardeio de mensagens religiosas, mas pelo testemunho cristão e com a vontade de se doar aos outros, dialogando e levando as pessoas ao encontro com o Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. “... A revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus”, Papa Francisco.

Sandra E Chicone

SANTOS JOÃO PAULO II e JOÃO XVIII

O Papa Francisco declarou no dia 27 (domingo), de abril, de 2014, a canonização de seus antecessores João Paulo II e João XXIII diante de centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, no Vaticano, numa cerimônia sem precedentes que ganhou peso histórico ainda maior com a presença do Papa emérito Bento XVI. Os dois novos Santos passam a ser venerados por nós católicos como São João Paulo II e São João XXIII.
Vale destacar que foi a primeira vez na história que um Papa em exercício e um Papa emérito celebraram uma missa juntos em público, ainda mais em um evento realizado para homenagear dois de seus mais famosos antecessores.
A presença do Papa emérito Bento XVI foi uma reflexão do ato de equilíbrio que o Papa Francisco imaginou ao decidir canonizar João Paulo II e João XXIII numa mesma ocasião, mostrando a união da Igreja Católica ao honrar dois Papas igualmente amados por conservadores e progressistas.
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também seguiu de perto a celebração.
Em entrevista concedida ao site da CNBB, Dom Leonardo Steiner, secretário geral do organismo e bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília, destacou que os dois Papas canonizados “são grandes homens colocados diante de nós como exemplos de pessoas que poderão nos ajudar a viver o Evangelho”. 
De fato, Papa Francisco frisou na homilia da canonização o exemplo de santidade destes dois homens para o mundo: “Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, de sua misericórdia, à Igreja e ao mundo”.
Dom Leonardo ainda lembrou o grande caráter humano que os pontífices carregavam. Sobre João XXIII, afirmou: “Ele mudou o modo de ser papa. Um homem simples, relacional, próximo das pessoas, tinha a linguagem do povo. Um grande homem, com muito amor à Igreja”. Já sobre João Paulo II, destacou: “Não teve receio de dizer o que pensava, sempre soube marcar a presença da Igreja. Ao final da sua vida, João Paulo II, ofereceu o próprio sofrimento a Deus por amor à Igreja” (disponível em: http://www.zenit.org/pt/articles/cnbb-comemora-canonizacao-de-joao-xxiii-e-joao-paulo-ii).
Esta cerimônia, sem precedentes, que ganhou peso histórico, mostra a união da Igreja Católica ao honrar dois Papas igualmente amados por conservadores e progressistas. Para nós irmãos fica a mensagem de perpetuarmos ainda mais nossa união com Cristo por intermédio de nossos Santos.

Jackson de Jesus