CARNAVAL
COMO É POSSÍVEL CONCILIAR NOSSA FÉ COM ESTA FESTA PAGÃ...
Ótimo assunto... Acho de fundamental importância lidarmos e conversarmos sobre o que acontece tanto dentro de nossas Igrejas, quanto também ao que acontece no mundo e na sociedade em que vivemos. Tenho sempre comigo que o Evangelho, o Próprio Jesus Cristo, veio e quis estar entre nós, ou seja, junto com os que fazem a diferença neste mundo, especialmente a Juventude de modo geral.
Relendo este artigo, quero compartilhar com vocês sobre o assunto.
Todo ser Humano busca ser alegre, busca constantemente ser feliz.
Impossível viver para a tristeza.
Em toda sociedade existem os festejos populares para convivência social,
 o caráter lúdico e toda euforia própria de cada pessoa.
Povos, raças e culturas das mais remotas origens encontraram pretextos para se divertir e festejar.
O Brasil é considerado como o país do carnaval. Se pensar bem, isso não é privilégio brasileiro. 
Discute-se a origem do carnaval. Como isso ocorreu?
 Em Roma havia festejos parecidos, em honra das divindades pagãs.
Eram tidos como orgias com libertinagem desenfreada.
 Lá por volta de 590 d.C. a Igreja tentou pôr um freio moral.
 Daí teria surgido à palavra "carnaval", do latim "carne vale", ou seja: "adeus carne!".
Era o início da Quaresma, e a carne era tirada do cardápio por 40 dias.
No Brasil, "país tropical, em fevereiro tem carnaval", a mídia e outras empresas roubaram a festa do povão. E os anos vão se passando e cada vez mais os valores vão se perdendo. O carnaval foi mudado para meros espetáculos turísticos, onde se explora o erotismo, o apelo sexual e a permissividade desvairada. Enquanto durar, tudo é lícito. E hora de fantasiar, pular, desfilar, desinibir-se e tudo o mais que alguém quiser imaginar como felicidade fugaz. Entra-se de corpo e alma nas ilusões e deixam-se dominar pelos instintos. Mas a porta de saída está logo ali, na quarta-feira de cinzas. 
Aí todos levam um “choque” e voltam à vida real.  Muitos voltam amargando penosas desilusões e arrependimentos. Rasgou-se a fantasia. A máscara foi jogada fora. Diga-se o que se disser do afã carnavalesco: arte popular, a cultura e talento brasileiro, libertação das repressões: é hora de contabilizar prejuízos, perdas e frustrações.
O que pensar então?
Excessos e abusos no carnaval, antes de serem transgressões morais, são atentados ao valor humano em si e nos outros. O comportamento cristão não obedece em primeiro lugar as leis, aos costumes, aos padrões sociais de conduta e segue antes a CONSCIÊNCIA. Ela é nosso Sacrário. Somos marcados pela liberdade e fidelidade que brotam da fé em Cristo. Nossa Liberdade tem que vir baseada naquilo e como acreditamos seguir Jesus Cristo, nosso salvador.
Fé e consciência limpa são inseparáveis, também no carnaval!
Tudo o que é contra a fé e suja a consciência é pecado, ensina São Paulo (Rm 14,23).
A fé é a luz que ilumina a consciência e a confirma nas convicções morais.
É infantilidade perguntar: "É pecado pular carnaval?". Mudemos a pergunta e façamos aos Jovens também: Como você esta se divertindo no carnaval?
Quem se guia pela consciência do que é bom, digno e justo, possui um "faro moral". Sabe se posicionar, escolher e decidir: onde, como e com quem pular (ou não!) carnaval ao invés de perder o senso moral e se deixar levar pela onda do sexualismo e da imoralidade que irá defendê-lo das ilusões permissivas.
Opiniões a parte. Mas não passa de preconceito — às vezes de má fé —, achar que a religião é contrária à alegria e leva à tristeza. O Evangelho é notícia alegre e feliz!  Dele nos vêm às festas religiosas, as celebrações e solenidades festivas, as comemorações de datas e fatos históricos. 
A alegria cristã é autêntica, simples e espontânea. Mobiliza os valores, os serviços de caridade e fortalece o ser humano em suas angústias e sofrimentos. Inspira todas as artes e os costumes sadios e nobres. A alegria carnavalesca é em geral uma cortina de fumaça que esconde o vazio do espírito, o desencanto consigo mesmo e as frustrações da vida! Apesar da folia contagiante nas ruas, quadras e salões, o fim do carnaval é triste. Não porque é o fim. Porque é alto o índice de acidentes com perdas materiais, feridos e mortos, jovens se drogando e se prostituindo, valores jogados nas sarjetas das ruas e nos escuros dos salões de Festas... Este, infelizmente, é o carnaval de hoje...
Portanto só é bom refletir, mas isso é individualmente:
Onde, quando e como estou buscando minha alegria?
 E como termina esta busca eufórica por esta alegria?
Embora estejamos em um mundo completamente diferentes das realidades,
graças a Deus estamos nele... Que Jesus Cristo possa ser nossa primeira e fiel alegria... 

Laininha Zutin
Coordenadora de Liturgia – Paróquia São Judas Tadeu
Assessora da Juventude
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