Campanha da Fraternidade 2013

“Jovem eu te ordeno, levanta-te” (Lc7, 11-17)

A Campanha da Fraternidade de 2013 retoma o tema Juventude e propõe um olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades, buscando entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto e mudança cultural e de relações midiáticas, fazendo-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social. A Igreja em fraternidade com a juventude busca também reavivar em cada jovem o potencial de participação e transformação da realidade, a partir de uma fé viva nascida do encontro pessoal com Jesus Cristo.
Esta Campanha deseja, no contexto do Ano da Fé e da Jornada Mundial da Juventude, mobilizar a Igreja (povo de Deus) e, o quanto possível, os segmentos da sociedade, a fim de se solidarizarem com os jovens, favorecer-lhes espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los: a organizarem a própria vida a partir de escolhas fundamentais e de uma construção sólida do projeto pessoal, a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética, da fé e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades, a luta por uma sociedade que proporcione vida a todos.
Evangelizar, hoje, é uma via de mão dupla. Saem de cena os “públicos” ou “destinatários” da evangelização para dar lugar aos “interlocutores”. Os interlocutores da evangelização são pessoas que, numa relação dialogal, se enriquecem pela troca de experiências. Portanto, “escutando e compreendendo os gritos e clamores dos jovens, a Igreja é chamada não somente a evangelizar, mas também a ser evangelizada na atualidade”. Torna-se imprescindível, cada vez mais, caminhar com os jovens e refazer com eles a experiência de Jesus. Na prática, isso significa que “nas atividades pastorais com a juventude, faz-se necessário oferecer canais de participação e envolvimento nas decisões, que possibilitem uma experiência autêntica de corresponsabilidade, de diálogo, de escuta e o envolvimento no processo de renovação contínua da Igreja. Trata-se de valorizar a participação dos jovens nos conselhos, reuniões de grupo, assembleias, equipes, processo de avaliação e planejamento”. Assim uma Igreja viva é uma Igreja participativa e de comunhão, onde todos tem lugar e vez.
Neste tempo propício de renovação e de fé, a Igreja do Brasil convoca e convida a cada cristão e cristã acolher os jovens nesse contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz. Caminhemos juntos a uma Igreja mais jovem e acolhedora, fazendo-se discípulos- missionários de Jesus pela construção da civilização do Amor.
“Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

Vinicius A. Martins
 Seminarista do 4º ano de Teologia.

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