TESTEMUNHO


A experiência e os frutos da Jornada
Vozes, mochilas, idiomas, oração, alegria! Falar da experiência de participar da Jornada Mundial da Juventude é fácil, mas ao mesmo tempo tarefa complexa. Afinal, são tantas as recordações que trago de Madrid  sim, elas ainda estão vivas no meu coração, um ano e meio depois que só posso ficar cada dia mais ansioso pelos momentos que com a graça de Deus terei em julho, no Rio de Janeiro.
De tudo o que vivi nos dias da JMJ na Espanha, o que certamente mais me impressionou foi perceber claramente como a Igreja é bela, una e jovem. Quantos carismas diferentes, idiomas, jeitos de ser jovem católico. São melodias diversas para a mesma canção, a canção do Evangelho de Jesus, ao qual só temos acesso plenamente através da Igreja, visivelmente representada pelo seu pastor, o papa Bento XVI.
Naqueles dias de agosto de 2011, o mundo se perguntava: o que centenas de milhares de jovens pretendem ao parar para ouvir um idoso falar? Certamente, ao se encontrar com o papa, a juventude católica sabe que se encontra com um sinal do Eterno, da segurança, da unidade dos seguidores de Jesus. Ainda me emociono ao lembrar dos cantos entoados com entusiasmo nas ruas e nos metrôs: “esta es, la juventud del papa”. Ou então: “E-emanuel, emanuel, Emanuel”, hino da JMJ 2000.
Sim, a Jornada é uma manifestação do céu. Nem o calor, nem o aglomerado de pessoas, nem a tempestade, tampouco o cansaço fizeram os jovens perderem o entusiasmo, que veio à tona com ainda mais vigor na missa de encerramento, depois de passarmos a noite debaixo de um tremendo temporal.
Como disse, ainda hoje a Jornada Mundial da Juventude deixa marcas em mim. A essas marcas chamo de pós-jornada. Na verdade, são os frutos de uma experiência marcante, que trouxe mais certeza à minha fé e amor a Deus, através da Igreja, para o bem dos mais necessitados.
 Não posso deixar de testemunhar os preparativos para a viagem, aos quais tomo a liberdade de chamar de “pré-jornada”. Por ter começado o planejamento com bastante antecedência, a JMJ foi me dando “água na boca”. Desde 2008, após a JMJ de Sydney, à qual não pude ir, prometi a mim mesmo que nada me impediria de ir a Madrid. Comecei a economizar, a guardar parte do salário e a pesquisar o melhor pacote. Deus providenciou minha ida com um grupo da Arquidiocese de Campinas, onde fiz novas amizades. Aí está outro legado da Jornada: Deus une seus filhos.
Primeiro, comecei a contar os anos, depois os meses, por fim os dias. Cada página do boleto bancário que virava, era como uma contagem regressiva para o ano novo ou para o apito final em uma Copa do Mundo. Minha família sabe bem o quanto a JMJ 2011 foi “gestada” em mim, como estava ansioso.
É por isso que quero viver tudo de novo, com mais intensidade, a JMJ Rio 2013. Vale a pena os sacrifícios, o sufoco. Um passeio? Não. Para isso é melhor outra época. Vamos peregrinar! Vamos ao encontro do Senhor!
Rafael Pierobon, 24, é jornalista na Rede Claret, catequista e ministro leigo na Paróquia Senhor Bom Jesus.

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