A Profissão da Fé Cristã-------- Os Símbolos da Fé

Quem diz “creio”, na verdade diz,  “ dou minha adesão àquilo que nós cremos”.
A comunhão na fé precisa de uma linguagem  comum  da fé, normativa para todos  e que uma na mesma confissão de fé. Desde a origem, a Igreja apostólica exprimiu e transmitiu sua própria fé em fórmulas breves e normativas para todos. Mas já muito cedo a Igreja quis também recolher o essencial de sua fé em resumos orgânicos e articulados, destinados sobre tudo aos candidatos ao Batismo: Esta síntese da fé não foi elaborada segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira recolheu-se o que existe de mais importante, para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé .
Essas sínteses da fé chamam-se “profissões de fé”, pois resumem a fé que os cristãos professam. Chamam-se “ Credo ”  em razão da primeira palavra com que normalmente começam “ Creio”. Denominam-se também “Símbolos da Fé”.
A primeira “profissão de fé” é feita por ocasião do Batismo. O “Simbolo da fé “ é inicialmente o símbolo batismal. Uma vez que o Batismo é dado “ em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” ( Mt 28,19).
As profissões ou símbolos da fé tem sido numerosos ao longo dos séculos e em resposta às necessidades das diversas épocas, símbolos das diferentes Igrejas apostólicas antigas. Nenhum dos símbolos das diferentes etapas da vida da Igreja pode ser considerado ultrapassado e inútil. Eles nos ajudam a viver e a aprofundar a fé de sempre por meio dos diversos resumos que dela tem sido feitos.
Entre todos os símbolos da fé, dois ocupam um lugar particularíssimo na vida da Igreja.
O Símbolo dos Apóstolos, assim chamado  por ser, com razão, considerado o resumo fiel da fé dos apóstolos. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma. Sua grande autoridade vem do seguinte fato “Ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro apóstolo, teve sua Sé para onde ele trouxe a comum expressão da fé.
O Símbolo denominado niceno-constantinopolitano tem a sua grande autoridade no fato de ter resultado dos dois primeiros Concilios Ecumênicos  (Nicéia ano de 325; Constantinopla ano de 381). Ainda hoje ele é comum a todas as Igrejas do Oriente e do Ocidente. Nossa exposição da fé seguirá o Símbolo dos Apóstolos, que constitui, por assim dizer, o “ mais antigo catecismo romano”. Contudo a exposição será completada por constantes referencias ao Símbolo niceno-constantinopolitano, muitas vezes mais explícito e mais detalhado.
Como no dia de nosso batismo, quando toda a nossa vida foi confiada “á regra da doutrina” (Rm 6,17), acolhamos o Símbolo de nossa fé que dá a vida. Recitar com fé o Credo, em especial neste ano dedicado a Fé, é entrar em comunhão com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É também entrar em comunhão com a Igreja inteira, que nos transmite a fé e no seio da qual nós cremos .
Este símbolo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é, seguramente, o tesouro da nossa alma.”      
(fonte CIC 185-197)
Isabel Ponte Pegoraro

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