Palavra do Pároco para o mês de Fevereiro

Caríssimos(as) um ótimo mês de fevereiro a todos. Sabe-se que é neste mês que começaremos a vivenciar um novo tempo litúrgico: O Tempo da Quaresma. Tempo este de preparação para principal festa da nossa Igreja, a Páscoa. Depois do carnaval, precisamente no dia 13 de fevereiro, dá-se início ao tempo da Quaresma com a quarta-feira de cinzas. A oração, o jejum e a caridade são as regras para quem quer entrar em sintonia com o projeto de Deus. Na quarta-feira de cinzas, na regra da sagrada Igreja é dia de jejum. O jejum nos faz lembrar quanto somos frágeis e precisamos nos abster dos bens materiais e necessário lembrando que o nosso mais valioso Bem é Deus, mas o jejum de nada adianta sem a participação de um gesto concreto de nossa parte, ou seja, daquilo que jejuamos, não podemos esquecer de tantos irmãos e irmãs que ainda passam fome e frio nas suas casas ou nas ruas de nossa cidade e repartir com eles os nossos bens. A penitência tem um papel importante neste tempo, ela pode parecer um sacrifício, mas se procurarmos vivenciá-la, perceberemos o quanto fará bem para nossa comunhão com Deus e com os irmãos. Receber as cinzas sobre a cabeça, na quarta-feira de cinzas, nos faz refletir sobre a nossa humanidade, sobre a nossa vida, do quanto somos falhos, frágeis, mortais, etc., pois do mesmo modo que ganhamos a vida neste mundo um dia vamos ter que deixá-la, mas isso não quer dizer que a vida acabou, terminou. Isso nos faz lembrar que ganhamos uma vida nova em Deus, mas é preciso cuidar desta herança preciosa que Ele nos deu. Reconhecer que devemos dar graças a Deus pela vida que temos e, principalmente, pela vida que Ele nos conquistou por sua morte e ressurreição é ter consciência que não são pelos nossos méritos que temos esta vida em Deus, mas é por sua misericórdia, compaixão e amor que recebemos esta tão grande dádiva. É, por isso, que como diz São Paulo: "Irmãos: tenhamos cuidado, enquanto nos é oferecida a oportunidade de entrar no repouso de Deus, não aconteça que alguns de vós fique para trás. Também nós, como eles, recebemos a boa-nova. Mas a proclamação da palavra de nada adiantou, por não ter sido acompanhada da fé naqueles que a tinham ouvido, enquanto nós, que acreditamos, entramos no seu repouso... Esforcemo-nos, portanto, por entrar neste repouso, para que ninguém repita o acima referido, exemplo de desobediência." (Hb 4,1-3.11). Não devemos vacilar, por tão grande dom que Deus nos deu de entrarmos no seu repouso prometido. Contudo, é preciso acreditarmos de todo coração em sua Palavra de Amor e empenharmos por colocá-la em prática, se não corremos o risco que nos diz São Tiago " a fé sem obras é morta". Que neste tempo da Quaresma não podemos esquecer a regra de amor: a caridade, ou seja, esta não pode faltar se queremos nos configurar no Cristo e queremos ser chamados de cristãos realmente. Por último, mas não menos importante, não se esqueça de confessar-se com um sacerdote. Faça um bom exame de consciência. Já ouvi alguns cristãos que relutam por confessar-se com um padre, falam que o padre e um ser humano igual a ele e, por isso, não querem confessar-se. Digo que ainda bem que pesam que o padre é um ser humano igual a eles, isso é verdade, porém, a força que o padre têm para abençoar e dar o perdão dos pecados não vem dele mas do próprio Cristo que através da pessoa do sacerdote "Persona Crist", o fiel recebe o perdão dos pecados. Nossa Igreja Católica Apostólica Romana, está firma na fé em Cristo desde o tempo dos apóstolos e é de lá que vem o sacerdócio régio em Cristo, pois foi o próprio Jesus Ressuscitado quem disse aos apóstolos "a quem perdoardes os pecados eles lhe serão perdoados a quem o retiverem eles lhe serão retido". Por isso, procure vivenciar este tempo quaresmal com todo o seu dinamismo para que possamos estar bem preparados para quando estivermos diante de Cristo na sua glória, para que não corramos o risco de sermos separados das ovelhas e formos juntos com os cabritos. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! São Judas Tadeu, rogai por nós!
Padre Daniel Roberto da Silva

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